Agora em março, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
deverá iniciar o processo de escolha da organizadora do seu novo concurso
público para o cargo de auditor-fiscal do trabalho, cuja oferta será de 100
vagas. Depois do recebimento das propostas, o setor de Recursos Humanos irá
avaliar as opções e definir a instituição que ficará responsável por receber as
inscrições e aplicar as provas. Quem deseja conquistar uma das vagas deve se
preparar, pois a disputa promete ser acirrada. Para se ter uma ideia do
potencial de atratividade do concurso, basta olhar para a seleção de 2010. Mais
de 90 mil pessoas concorreram para as 90 vagas oferecidas na ocasião.
O cargo exige o nível superior,
independentemente da área de formação, e proporciona rendimentos mensais de R$ 13.973, incluindo R$ 373 de
auxílio-alimentação. Segundo a Assessoria de Imprensa do MTE, ainda não foi
definida a distribuição das vagas por estado. No momento, a pasta está fazendo
uma avaliação para aproveitar da melhor forma possível as 100 vagas autorizadas
pelo Ministério do Planejamento. O prazo dado pelo Planejamento para a
divulgação do edital é até 13 de agosto, ou seja, seis meses a contar da data
de autorização do concurso. Apesar disso, o mais provável é que o MTE divulgue
as regras da seleção bem antes disso.
A presidente do Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Rosângela Rassy, vem
lutando para que ocorra um aumento do número de vagas do concurso para
auditor-fiscal. O MTE pediu 629 (quando o déficit era de, pelo menos, 1.200 profissionais),
mas apenas 100 foram autorizadas. Ela levou o problema à Comissão Nacional pela
Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), ao senador Gim Argello (PTB/DF) e,
além disso, prometeu formalizar uma denúncia à Organização Internacional do
Trabalho (OIT), caso o governo federal não aumente o número de vagas. Isso
porque o país estaria descumprimento acordos internacionais permitindo um
quadro deficitário.
Concurso anterior - Há dois anos ocorreu o último concurso
para auditor-fiscal do trabalho. A primeira fase do processo seletivo teve duas
provas objetivas, com 150 questões, no total. A organizadora da seleção foi a
Escola de Administração Fazendária (Esaf). As questões do primeiro exame
versaram sobre Português (20), Espanhol ou Inglês (10), Raciocínio Lógico (10),
Administração Pública (10), Direito Constitucional (10) e Economia do Trabalho
e Sociologia do Trabalho (10).
Na segunda avaliação, as 80
questões contemplaram Direito Civil, Penal e Comercial (15), Direito do
Trabalho (30), Segurança e Saúde do Trabalho e Legislação Previdenciária (20),
Direito Administrativo e Ética na administração Pública (15). A aprovação
esteve condicionada à obtenção de 40% dos pontos ponderados em cada uma das
disciplinas, desde que tenha obtido 60% dos pontos ponderados no conjunto da
avaliação. Posteriormente, houve uma prova discursiva, que constou na escrita
de um texto e na resolução de duas questões. Esse exame versou sobre Direito
Constitucional, Direito do Trabalho, Segurança e Saúde no Trabalho e/ou Direito
Administrativo. A última etapa foi a sindicância da vida pregressa dos
candidatos.
Fonte: Folha Dirigida
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