Depois de uma longa espera,
enfim, avançou no Ministério do Planejamento a tramitação do pedido do concurso
do Banco Central (BC) para os cargos de técnico (nível médio), analista
(superior) e procurador (bacharelado em Direito), previsto para este ano. O processo
passou pela Secretaria de Orçamento Federal e chegou para análise da Secretaria de Gestão Púbica. O
progresso reforça a expectativa de que a autorização, que chegou a ser esperada
para até o fim do ano passado, seja concedida nas próximas semanas.
O BC solicitou ao Planejamento,
em setembro do ano passado, 1.850 vagas para concursos no biênio 2013-2014 (400
para técnico, 1.330 para analista e 120 para procurador). Ainda não se sabe se
o ministério irá autorizar uma única seleção, para preenchimento escalonado das
vagas, ou se serão dois concursos, um a cada ano.
O avanço na tramitação se deu por
meio do registro de um novo protocolo. A descrição do objeto do novo processo,
no entanto, não esclarece a dúvida sobre
a questão. Para este ano, a demanda do BC é de 1.090 vagas, sendo 200 para
técnico, 830 para analista e 60 para procurador.
Para o cargo de técnico, de nível
médio, a remuneração inicial oferecida é de R$ 5.290. No caso de analista, que
admite graduados de qualquer área, os ganhos iniciais são de R$ 13.333, e no de
procurador, de R$ 16.092. Em todos os valores já está incluído o
auxílio-alimentação, que é de R$ 373. As contratações ocorrerão pelo regime
estatutário (garantia de estabilidade).
A intenção do BC é divulgar o
edital, no máximo, três meses após a autorização. O concurso deverá ser
regionalizado e, segundo o chefe adjunto do Departamento de Gestão de Pessoas
do banco (Depes), Delor Moreira, deverá contar com vagas em todas as dez
capitais onde o BC está presente, o que inclui o Rio de Janeiro. “Eu estou
convicto de que vamos colocar servidores em todas as dez praças”, afirmou o
dirigente, em entrevista à FOLHA DIRIGIDA em setembro do ano passado. Além do
Rio, a autarquia possui unidades em Brasília (sede), São Paulo, Belo Horizonte,
Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém.
Ainda de acordo com Delor, as
provas deverão ser aplicadas nas dez capitais e deverá ser mantida a maior
parte do programa do concurso anterior, aberto em 2009. “Eu diria que 90% do
que está ali, em termos de conteúdo, será apenas atualizado e aproveitado no
próximo concurso. Alguma mudança, só eventual, possivelmente em função de algum
ajuste de demanda que as unidades do banco façam ao nosso departamento”, disse
ele na entrevista concedida.
Em termos de etapas, sendo
mantida a configuração da última seleção, os candidatos serão submetidos a
provas objetivas, prova discursiva (apenas para analista), avaliação de títulos
(dependendo da área de atuação), sindicância de vida pregressa e programa de
capacitação, além de três provas discursivas e prova oral, para procurador.
Inicialmente, a chefe do Depes,
Nilvanete Ferreira, manifestou a intenção de admitir os aprovados no concurso
ainda este ano. No entanto, com o atraso na autorização por parte do
Planejamento, a dirigente já se conforma com a possibilidade de contar com os
novos servidores somente em 2014.
Nos últimos três anos, o BC
perdeu, em média, um servidor por dia (1.095 ao todo), apenas em função de
aposentadoria. E caso não haja novas contratações a tempo, o quadro de pessoal
da autarquia pode chegar, já no ano que vem, à metade da estrutura prevista em
lei, que é de 6.470 servidores. O desmanche no quadro de pessoal do banco pode
colocar em risco até mesmo o desenvolvimento do país, já que é de
responsabilidade do BC a condução da política econômica nacional.
Fonte: Folha Dirigida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário