O Ministério da Fazenda solicitou
ao Ministério do Planejamento 3.500 vagas para os novos concursos da área
administrativa do órgão planejados para este ano. Desse total, 3 mil são apenas
para assistente técnico-administrativo, cargo que tem exigência apenas do
ensino médio completo e dá direito a estabilidade e remuneração de R$3.671,82
por mês, já no início da carreira. As outras 500 vagas pedidas são para
analista técnico-administrativo, de nível superior, com iniciais de R$4.884,02.
O quantitativo foi informado pelo presidente do sindicato da categoria
(Sindfazenda), Luís Roberto da Silva, que disse ter obtido os dados junto à
Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração (Spoa) da Fazenda.
Consultado, o ministério não
negou a informação, afirmando apenas que não comentará o assunto. A maior parte
das vagas deverá ser para atuação na Receita Federal, que já havia apontado que
solicitou concurso para a área de apoio (o pedido é feito à Fazenda, que
repassa ao Planejamento). Na última sexta-feira, dia 30, o órgão reafirmou o
pedido e disse que, no momento, a discussão junto ao Planejamento envolve a
disponibilidade de recursos no orçamento da União para este ano, cuja proposta
do poder Executivo deve ser votada no Congresso Nacional neste mês de
fevereiro. Somente após a aprovação e sanção do orçamento é que os concursos e
nomeações começarão a ser liberados pelo Ministério do Planejamento.
O presidente do Sindfazenda criticou o
quantitativo solicitado. Para ele, deveriam ter sido solicitadas pelo menos 5
mil vagas, que, afirma, é o déficit apontado em levantamento feito em 2013 pelo
próprio Ministério da Fazenda. Na opinião do sindicalista, o estudo já estava
defasado em função do alto índice de evasão no setor. "A solicitação
também está defasada, porque a permanência dos atuais servidores é
incerta", afirmou o sindicalista, que defende a reestruturação da
carreira, como forma de conter a saída de pessoal.
Etapas – O Ministério da Fazenda já promoveu três concursos para
assistente técnico-administrativo. Em todas as oportunidades, a seleção foi
feita apenas por meio de provas objetivas. A última foi realizada no ano
passado e teve 263.770 inscritos concorrendo a 1.026 vagas distribuídas por todo
o país (exceto São Paulo e Distrito Federal, que à época da abertura possuíam
seleção vigente). A nomeação dos classificados já foi autorizada, mas ainda não
ocorreu devido à decisão judicial que determinou a realização prévia de
concurso de remoção para os atuais servidores. A validade do concurso expira em
junho deste ano, mas ainda pode ser prorrogada, por um ano, a critério do
órgão. A distribuição das vagas do novo concurso provavelmente dependerá do
andamento da seleção vigente.
No concurso do ano passado, as
provas foram sobre Língua Portuguesa, Matemática e Raciocínio Lógico,
Conhecimentos de Informática, Atualidades, Gestão de Pessoas e do Atendimento
ao Público, Ética do Servidor na Administração Pública, Administração Pública
Brasileira e Regime Jurídico dos Agentes Públicos. No caso de analista, o
último concurso, para 192 vagas, foi aberto em 2013, tendo sido admitida a
formação superior em qualquer área para o ingresso no cargo.
Fonte: Folha dirigida
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