O plano de aposentadoria
incentivada do Banco do Brasil (BB), encerrado na última sexta, dia 9, teve a
adesão de 9.400 funcionários, o que fará com que o banco tenha uma economia de
R$ 2,3 bilhões por ano com a folha de pagamento. Apesar desse enxugamento do
quadro de pessoal, o presidente do BB, Paulo Rogério Caffarelli, disse que,
futuramente, novos concursos para o BB precisarão ser realizados, já que
anualmente 2 mil empregados deixam a instituição por motivos naturais.
Segundo ele, não é possível ainda
precisar quando esses concursos serão abertos, já que sua prioridade, no
momento, é realocar os mais de 9 mil funcionários que trabalhavam em agências
que foram fechadas. "Concurso não está na nossa pauta nesse momento. Entretanto,
esse assunto virá, naturalmente, lá na frente. O banco tem uma saída natural de
2 mil empregados por ano. Então, temos que preencher 2 mil vagas
anualmente", disse o presidente do BB, em entrevista ao Correio
Braziliense, reforçando que a "prioridade é o esforço de acomodar os
funcionários que precisam ser realocados."
O diretor do sindicato dos
bancários do Distrito Federal, Rafael Zanon, disse em entrevista recente à
FOLHA DIRIGIDA que, em virtude da saída desse pessoal por meio do plano de aposentadoria
incentivada, a luta pela realização de concurso terá que ser ainda maior.
"Vamos continuar lutando por concurso. Mas antes disso, temos que garantir
que o banco continue público, senão não vai ter mais como nenhum concurso ser
feito. Esse governo quer privatizar as empresas públicas. Não podemos deixar
que isso aconteça."
O plano teve como público alvo 18
mil funcionários que já possuem condições de se aposentar e faz parte de um
processo de reestruturação que prevê ainda o fechamento de 402 agências - 40
delas no Estado do Rio de Janeiro -, a transformação de 379 em simples postos
de atendimento bancário, além da extinção de 31 superintendências regionais.
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