Por Lia Salgado
Quem decide prestar concurso
precisa ter em mente que, mesmo sendo um cargo público, trata-se de uma oferta
de emprego. Por isso, o candidato precisa avaliar se a vaga tem a ver com o
perfil dele e se demandará mudança de estado, por exemplo. Além disso, mesmo
que não seja a vaga que ele sonha, pode servir de trampolim para chegar onde
ele almeja. Em vídeo, a colunista Lia Salgado explica cinco aspetos a serem
levados em conta.
1 – Examine as condições
objetivas
Um novo edital é uma oferta de
emprego. A primeira coisa a fazer é verificar se a vaga é do seu interesse.
A atividade a ser realizada tem a
ver com você? Porque, se for algo muito fora do seu perfil, ser aprovado pode
tornar-se um problema na sua vida.
O local para onde serão as vagas
é possível, de acordo com a sua situação familiar?
A remuneração (salário +
benefícios) atende às suas necessidades?
2 – Pode funcionar como um
concurso intermediário?
Há um jargão comum nos concursos
públicos, que é o “concurso escada”. Em algumas situações, a vaga oferecida não
é exatamente o que você busca, mas pode funcionar como uma etapa intermediária,
para garantir aporte financeiro que permita que você siga estudando com
melhores condições, até ser aprovado na vaga que deseja de verdade.
É uma maneira de dividir o
projeto em 2 etapas, e não há problema nisso. Afinal, no mercado privado muitas
vezes acontece a mesma coisa.
Só precisa ficar atento para
prestar um serviço de qualidade, mesmo que não seja a vaga dos seus sonhos
ainda. Você será remunerado e é essencial dar um retorno compatível.
3 – Você está apto para preencher
essa vaga?
Ok, o emprego interessa – seja
como objetivo final, seja intermediário. Mas, você preenche os requisitos?
Alguns concursos exigem idade
mínima e máxima, mas são poucos. De modo geral, é exigido que o aprovado tenha
18 anos completos.
Quanto à escolaridade, observe o
nível exigido e se é necessário ter alguma qualificação específica, seja em
nível técnico ou de graduação.
Vale lembrar que os requisitos
serão exigidos somente no momento da posse. Então, é possível estar concluindo
a escolaridade ou prestes a completar a idade e prestar o concurso. Mas, em
caso de aprovação, você precisa cumprir os requisitos ou perde a vaga. Há casos
em que o edital permite que o candidato convocado vá para o fim da fila. Outro
aspecto a ser considerado é que a administração pode a chamar até o fim do
prazo de validade do concurso, que pode ser de até 2 anos, e esse prazo pode
ser dobrado. Ainda assim, há casos em que os aprovados são convocados quase
imediatamente.
4 – Matérias cobradas
Atualmente, os concursos exigem
um leque que varia de 6 a 20 matérias. Poucos cobram apenas 2 ou 3 disciplinas.
Portanto, é importante observar se há reais possibilidades de você se preparar
até a data da prova.
Se você já vem estudando há algum
tempo, com foco em determinada área de concurso: há aderência entre o que você
já estava estudando e o que será cobrado nesse concurso? Ou será necessário um
desvio significativo do seu plano de estudo?
Você tem tempo de incluir o que
falta para cumprir o conteúdo que será cobrado?
Outra situação é se você está
começando agora a se preparar agora, e ainda não viu sequer as matérias
básicas. Se o concurso é de nível relativamente complexo, talvez não seja o
caso de investir ainda.
5 – Decida sim ou não e não olhe
para trás
Consideradas as dicas 1 a 4, se
você percebeu que não vale a pena, siga no seu plano de estudo e aguarde novas
oportunidades. Concurso muito fora do seu objetivo ou impossível para o atual
momento da sua preparação – por melhor que pareça ser - é igual a liquidação
quando estamos sem dinheiro: pode estar barato, mas não é viável.
Por outro lado, se você avaliou e
decidiu que vale a pena, faça um planejamento de matérias e horários de estudo
e comprometa-se seriamente. O tempo voa quando há uma prova marcada e qualquer
desperdício será lamentado depois. Mas faça isso com equilíbrio, para ter
condições de alcançar a faixa de chegada da sua maratona.
Fonte: G1
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