Com a escassez de concursos
federais no país, os candidatos que buscam uma vaga no serviço público terão de
ficar de olho principalmente nas seleções estaduais e municipais. Nessas duas
esferas, segundo levantamento do G1 em todos os estados, o total de vagas chega
a 61,5 mil vagas.
Mesmo com a restrição em
decorrência do ajuste fiscal para equilibrar as contas públicas, alguns órgãos
federais aguardam autorização para realizar concursos, entre eles IBGE, Polícia
Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Ministério da Fazenda e
Banco Central, cujas seleções costumam ser bastante disputadas.
O Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão informa que não antecipa informação sobre pedidos de
concursos sob análise. O total de vagas previstas entre os órgãos que aguardam
autorização do governo federal e os que já foram confirmados chega a 17,3 mil.
Assim, somando os poderes
municipal, estadual e federal, o total de vagas chega a 78,8 mil.
Restrição federal
O Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão informa que em 2018 os concursos públicos nos órgãos
do Poder Executivo Federal permanecem restritos em decorrência do ajuste
fiscal. Dentro desse cenário, o ministério poderá conceder novas autorizações,
mas apenas em caráter excepcional, por medida de absoluta necessidade da
administração e desde que asseguradas as condições orçamentárias.
No entanto, em outubro do ano
passado, o ministro Dyogo Oliveira informou que o governo federal voltará a
fazer concursos públicos em 2018. Nos últimos três anos, o governo federal
abriu poucos concursos, a maior parte para substituir terceirizados ou contratar
temporários, em razão da piora nas contas públicas. Oliveira diz que a abertura
de vagas neste ano será limitada ao número de servidores que deixarem os
cargos.
Não há definição de órgãos que
abrirão os concursos, mas, segundo ministro, mesmo que saia servidor, não
necessariamente haverá reposição, e poderá haver contratação em órgãos que não
tenham remoção ou saída. Até 2027, quase 40% dos servidores públicos do
Executivo Federal, cerca de 216 mil pessoas, deverão se aposentar, segundo o
próprio governo.
Orçamento para concursos
De acordo com o anexo V da Lei
Orçamentária Anual, o governo federal pode contratar até 20.298 servidores por
concurso público no Executivo neste ano para ocupar cargos que já existem e
estão vagos ou substituir terceirizados.
Desse total, 1.533 são para o
efetivo militar, 17.078 são para cargos civis, 320 são para substituição de
terceirizados e 1.367 são para policiais civis, militares e bombeiros do
Distrito Federal. Não existe previsão de criação de cargos para o Poder Executivo
no Orçamento de 2018, segundo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão.
Nos Poderes Legislativo e
Judiciário, que poderão autorizar as contratações de forma independente, são
1.116 vagas. Para o Ministério Público da União e Conselho Nacional do
Ministério Público, estão previstas outras 25 e, para a Defensoria Pública da
União, mais 14 vagas. Há ainda previsão de criação de vagas no Poder Judiciário
(5.028) e na Defensoria Pública da União (1.507).
Eleições restringem nomeações
Como neste ano haverá eleições
para presidente, governadores e Congresso Nacional, haverá restrição na
nomeação, contratação ou admissão do servidor público nos três meses que
antecedem o pleito, marcado para 7 de outubro, até a posse dos eleitos, ou
seja, de 7 de julho a 1º de janeiro de 2019.
A restrição das contratações vale
para a esfera em que ocorre a eleição, no caso deste ano, nos âmbitos federal e
estadual - no âmbito municipal, as nomeações ocorrem sem restrições. Mas caso a
homologação do concurso (divulgação do resultado final) seja feita até três
meses antes das eleições, ou seja, até 7 de julho, as nomeações podem ocorrer
em qualquer período do ano.
Veja abaixo os concursos
previstos na esfera federal:
Concurso federais (que aguardam
autorização e previstos):
Advocacia-Geral da União (AGU)
100 vagas de nível médio e
superior
Salário: de R$ 4,1 mil a R$ 6,2
mil
Banco Central
990 vagas – 150 para técnico, 800
para analista e 40 para procurador
Nível de escolaridade: médio e
superior
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit)
367 vagas: 137 para técnico
administrativo e de suporte em infraestrutura de transporte e 230 para analista
administrativo e de infraestrutura em transporte
Nível de escolaridade: médio e superior
Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
1.430 vagas – 1.300 para agente
federal de execução penal, 100 para especialista e 30 para técnico
Nível de escolaridade: médio e
superior
Fundação Nacional de Saúde (Funasa)
459 vagas – 251 para agente
administrativo e 208 para cargos de diversas formações de nível superior
Nível de escolaridade: médio e
superior
Ibama
1.630 vagas - 610 para técnico
administrativo, 270 para analista administrativo e 750 para analista ambiental
Nível de escolaridade: médio e
superior
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
1.800 vagas para técnico e
analista
Nível de escolaridade: médio e
superior
Ministério da Fazenda
1.312 vagas – 904 para assistente
técnico administrativo, 257 para analista técnico administrativo e 151
distribuídas para cargos de diversas formações de nível superior
Nível de escolaridade: médio e
superior
Ministério do Trabalho
2.595 vagas - 1.163 para agente
administrativo, 1.190 vagas para auditor fiscal do trabalho e 242 distribuídas
para cargos de diversas formações de nível superior
Nível de escolaridade: médio e superior
Polícia Federal
1.758 vagas - 600 para escrivão,
600 para agente, 491 para delegado, 67 para perito
Nível de escolaridade: superior e
superior
Polícia Rodoviária Federal
2.778 vagas – policial rodoviário
federal
Nível de escolaridade: superior
Receita Federal
2.083 vagas – 630 vagas para
auditor fiscal e 1.453 para analista tributário
Nível de escolaridade: superior
Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Fonte: G1
Tá uma zorra isso!
ResponderExcluirhttp://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/justica-suspende-contribuicao-para-o-inss-de-aposentado-que-continua-trabalhando/