O Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) aguarda autorização do Ministério do Planejamento para a abertura
de concurso para até 800 vagas de auditor-fiscal do Trabalho. O cargo é
destinado a quem possui o ensino superior completo em qualquer área e tem
remuneração inicial de R$15.338,44, incluindo RS373 de auxílio-alimentação. A
partir de janeiro do ano que vem, no entanto, os ganhos iniciais passarão para
R$16.116,64. A expectativa é que a permissão do Planejamento seja concedida
neste semestre, uma vez que a intenção do ministro do Trabalho, Manoel Dias, é
realizar o concurso no início do ano que vem. Em geral, após a autorização, o
prazo para a divulgação do edital é de seis meses.
O MTE possui um grande déficit de
auditores-fiscais, com a carência sendo de mais de 5 mil servidores, segundo o
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) e também a
Organização Internacional do Trabalho (OIT). O órgão realizou concurso para o
cargo pela última vez no ano passado. A seleção foi feita por meio de provas
objetivas e discursivas, além de sindicância de vida pregressa. Foram cobrados
conhecimentos de Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Direitos Humanos,
Administração Geral e Pública, Noções de Informática, Direito Constitucional,
Direito Administrativo, Auditoria, Economia do Trabalho, Direito do Trabalho,
Seguridade Social, Legislação Previdenciária, Segurança e Saúde no Trabalho,
Legislação do Trabalho e Contabilidade Geral. O organizador foi o Cespe/UnB.
Estudo de Direitos Humanos exige
muita leitura
O concurso para auditor-fiscal do
Trabalho ainda não foi autorizado pelo Ministério do Planejamento, mas os
futuros candidatos já devem se preparar, pois a concorrência promete ser
grande. Entre as disciplinas incluídas na prova, Direitos Humanos chama atenção
pela quantidade de conteúdo cobrado. De um total de 120 perguntas, a matéria
teve 22 questões no último concurso, e a tendência é que este número seja
mantido na próxima seleção. É o que acredita o professor do Concurso Virtual
Fábio Ramos, que ainda deu dicas aos aspirantes ao cargo.
Fábio destacou a importância de
se começar com antecedência a preparação, já que o estudo de Direitos Humanos
exige paciência e muita leitura, tendo em vista o vasto conteúdo. “É importante
a preparação desde já, porque a legislação de Direitos Humanos é muito esparsa,
são muitos tratados, convenções, pactos. Desta forma, o candidato terá mais
tempo para ver o que foi cobrado no último edital”, explicou o professor, que
acredita que o programa será o mesmo da última prova. Entre os assuntos mais
abordados, destacam-se as questões sobre a Organização Internacional do
Trabalho (OIT) e o Programa Nacional de Direitos Humanos III (PNDH-3), além da
proteção aos direitos humanos referente ao cargo de auditor-fiscal do Trabalho.
Sem saber qual a banca que ficará
responsável pela organização do concurso, o candidato deverá apostar na leitura
da legislação. “Paciência para ler esses dispositivos, grifando os pontos
principais e também resolvendo muitas questões para fixação, já que muitas
vezes elas aparecem na literalidade. Além disso, vale fazer aquele resumo com
os pontos que foram grifados”, orienta o professor. O especialista aposta na
permanência do Cespe/UnB como banca organizadora do certame em detrimento da
Esaf, historicamente escolhida pelo MTE. “São duas bancas ótimas, que
apresentam sempre questões inteligentes e costumam aprofundar a matéria e
colocar o candidato para pensar”, finalizou.
Analista de políticas: pedido de
100 vagas
O Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) poderá abrir em breve novo concurso para o cargo de analista
técnico de políticas sociais (nível superior), cujos ganhos chegam a
R$6.330,28. A solicitação de 100 vagas está sendo analisada no Ministério do
Planejamento (MP) desde 22 de maio, podendo receber logo o parecer positivo da
ministra Miriam Belchior. Segundo a Coordenadoria de Recursos Humanos do MTE,
ainda não foram definidas as especificidades do edital, tampouco as áreas de
atuação e a lotação dos futuros servidores. De acordo com o setor, sendo
aprovado o concurso, os classificados tomarão posse em 2015, quando, conforme a
tabela de remuneração dos servidores federais, o vencimento-base será de
R$3.403,28, além da Gratificação de Desempenho de Atividades em Políticas
Sociais (GDAPS), de R$2.341,60 para o servidor que receber 80 pontos e de
R$2.927 para 100 pontos. Os ganhos, então, sobem para R$6.330,28.
Último concurso - A seleção anterior, feita pela Esaf em 2012,
exigiu dos concorrentes o nível superior em qualquer formação. O concurso constou
de provas objetivas de Conhecimentos Básicos e Específicos, além de avaliações
discursiva e de títulos. Na ocasião, 825 vagas foram disputadas para prover as
áreas de Assistência Social, Educação, Gestão Social, Previdência, e Saúde.
Fonte: Folha Dirigida
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