quarta-feira, 26 de junho de 2013

MTE: Edital de auditor-fiscal está previsto para esta sexta

Segundo fontes, o Cespe/UnB divulga na próxima sexta-feira, dia 28 de junho, o edital do concurso de auditor-fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Por sua vez, a Assessoria de Imprensa do órgão informou que o setor de Recursos Humanos do ministério não possui nenhuma informação quanto à divulgação das regras da seleção. O organizador não comentou o assunto. O prazo dado pelo Ministério do Planejamento para a divulgação do edital encerra em meados de agosto. O concurso terá como objetivo o preenchimento inicial de 100 vagas de nível superior (independente da área). A remuneração é de R$ 14.653, sendo R$ 373 de auxílio-alimentação.

 Em relação à lotação das vagas por estado, a Assessoria de Imprensa comunicou que o MTE não irá divulgá-la antes do edital. A expectativa dos candidatos é que as 100 oportunidades contemplem todo o país, uma vez que há carência de auditores em todas as regiões. Atualmente, o MTE tem 2.870 fiscais em atividades. Em 2013, até o momento, 100 auditores já se aposentaram. Mesmo tendo sido escolhido o Cespe/UnB como organizador, o processo seletivo deverá ser semelhante ao de 2010, quando a Escola de Administração Fazendária (Esaf) ficou à frente da seleção.

Na ocasião, o primeiro exame teve duas provas objetivas, contabilizando 150 questões. As primeiras 70 versaram sobre Português (20), Espanhol ou Inglês (10), Raciocínio Lógico (10), Administração Pública (10), Direito Constitucional (10) e Economia do Trabalho e Sociologia do Trabalho (10). As 80 questões restantes foram sobre Direito Civil, Penal e Comercial (15), Direito do Trabalho (30), Segurança e Saúde do Trabalho e Legislação Previdenciária (20), Direito Administrativo e Ética na Administração Pública (15). Para ser aprovado, foi preciso obter 40% dos pontos e 60% da pontuação ponderada no conjunto das avaliações.

Os candidatos também fizeram um exame discursivo, composto da escrita de um texto e da resolução de duas questões, que versaram sobre Direito Constitucional, Direito do Trabalho, Segurança e Saúde no Trabalho e/ou Direito Administrativo. A aprovação esteve condicionada à obtenção de, pelo menos, 60% dos pontos. Para finalizar, houve uma sindicância da vida pregressa dos candidatos.

Apoio - No segundo semestre, o MTE deve recebe autorização para a realização de concurso para área administrativa. O órgão solicitou a contratação de 1.858 profissionais, que está sendo analisada pelo Planejamento. Desse total, 1.600 são para o cargo de agente administrativo. A função requer o ensino médio, proporcionando rendimentos de R$ 2.529,42, sendo R$ 1.568,42 de salário-base, R$ 588 de Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho (GDPST) e R$ 373 de auxílio-alimentação.

O ministério pediu 258 oportunidades para graduados, sendo 64 para técnico em Assuntos Educacionais, 60 para administrador, 60 para assistente social, 60 para contador, sete para técnico em Comunicação Social, três para bibliotecário, três para economista e um para sociólogo. Para todos a remuneração é de R$ 3.598,42. Desse montante, R$ 1.990,22 são referentes ao salário-base, R$ 1.235,20 à Gratificação de Desempenho da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho (GDPST) e R$373 ao auxílio-alimentação.

Direito do Trabalho merece atenção especial

Com a expectativa da divulgação do edital ainda esta semana, os interessados no concurso de auditor-fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) devem acelerar os estudos. E uma das disciplinas mais importantes da seleção é o Direito do Trabalho, que contou com o maior número de questões no certame anterior (30 de um total de 150), tendo peso dois. Leandro Antunes, professor da disciplina nos cursos Esfera e Múltiplus, aconselha que os candidatos, enquanto esperam pela divulgação do conteúdo programático, esgotem os pontos da última prova. “Depois é só aparar as arestas quando o edital for divulgado, verificando possíveis alterações no conteúdo programático anterior”, disse o especialista.

Já o professor Fagner Sandes, que leciona a disciplina na Degrau Cultural, afirma que candidato deve ter uma boa assimilação não apenas da legislação exigida, mas também da doutrina e da jurisprudência. Segundo ele, temas como relação de trabalho, formação do contrato de trabalho, alteração, suspensão, interrupção e rescisão do contrato de trabalho, férias, jornada de trabalho, FGTS, garantias provisórias, direito coletivo, direito de greve, aviso prévio, intervalos intra e interjornada e terceirização têm grande chance de serem abordados na prova.

A mudança do organizador do concurso pode ser um fator que gere insegurança, mas, segundo os dois professores, ainda é interessante estudar refazendo as provas anteriores. “O Cespe é mais tendencioso [que a Esaf] para a jurisprudência, mas algumas questões trazem a lei fria e pura, com temas às vezes jamais exigidos. Isso normalmente preocupa o candidato, pois ele acha que há alguma armadilha, e não há”, alertou Fagner Sandes. “Algo que assusta um pouco nas provas do Cespe é o famoso verdadeiro ou falso”, destacou Leandro Antunes.

Os dois professores frisam que é necessário ter muita atenção na leitura das questões, pois o Cespe tem por costume incluir ou excluir determinada palavra do texto legal ou jurisprudencial, modificando totalmente o sentido. “Com isso, se estabelece uma situação concreta umbilicalmente ligada a algum instituto, para que o candidato a analise. Caso não tenha uma boa percepção da problemática, pode empregar o instituto incorretamente”, explicou Fagner Sandes.


Fonte: Folha Dirigida

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