Cresce a expectativa pela
divulgação do edital do concurso para 300 vagas de analista do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS). Com a escolha da FunRio como organizadora, na
última segunda, dia 15, são grandes as possibilidades de o documento ser
liberados entre o final deste mês e o início de agosto. O ministro da
Previdência, Garibaldi Alves, postou em seu Twitter que o edital deverá sair
este mês. No entanto, em outra oportunidade, ele disse que o documento seria
publicado em maio, o que acabou não acontecendo.
A remuneração de analista é de
R$6.813,25. Desse total, R$4.511 são referentes à Gratificação de Desempenho de
Atividades do Seguro Social (GDASS), R$1.187,27 à Gratificação de Atividade
Executiva (GAE), R$742,02 ao vencimento básico e R$373 ao auxílio-alimentação.
As vagas serão para candidatos de nível superior, em diversas áreas. Desta vez,
as oportunidades contemplarão cursos específicos (ainda a serem informados),
não havendo chances para graduados em qualquer formação, como ocorreu nas
seleções anteriores.
Os novos analistas serão contratados
para trabalhar nas 720 agências do Plano de Expansão da Rede de Atendimento do
INSS. Essas unidades estão sendo construídas em todos os estados, em municípios
com mais de 20 mil habitantes. Por conta disso, a expectativa é que as vagas
sejam distribuídas por todo o país. Até o momento, cerca de 230 agências já
estão funcionando, e o objetivo do plano é facilitar o acesso aos benefícios
previdenciários pelos segurados que residem distante dos grandes centros.
Candidatos criticam escolha da FunRio
O candidato Douglas Rafael Lizot comenta que o modelo das questões elaboradas pela FunRio não o agrada. “A banca sempre acaba deixando margem para uma enxurrada de recursos e anulações. Participei da seleção para agente penitenciário federal, realizada pela mesma organizadora. Penso que em concursos de grande repercussão como este, os órgãos públicos poupariam dor de cabeça ao escolherem bancas tradicionais como o Cespe e FCC. Certamente, os candidatos estarão com ‘um pé atrás’. O melhor que se tem a fazer é focar nos estudos, torcer para que tudo corra bem e ninguém saia prejudicado”.
A estudante Thais Serpa explica
que nunca prestou um concurso organizado pela FunRio, mas que conhece a banca
pelas polêmicas de outras seleções. “O que sei sobre a FunRio é que ela é muito
desorganizada, os fiscais nunca são devidamente preparados. Não estou
generalizando, mas se não houver uma seriedade por parte da instituição e da
administração pública, ficará realmente difícil. Para mim, o Cespe seria uma
melhor opção”, afirma.
“Esse concurso merece uma empresa
com credibilidade, pois não se trata de uma seleção simples. Muitos temem que
ocorra algum problema por parte da organizadora”, diz o concurseiro Raucy
Dantas Ramalho. Para ele, por conta dessa escolha, a tensão vai tomar conta da
vida dos concorrentes até a data da prova. “Aqueles que estão estudando não vão
desistir. O nosso esforço não pode ser jogado fora. Temos que continuar focados
e lutar até o fim para que o nosso esforço possa valer a pena”, explica.
A concurseira Tayanah Vieira
também não aprovou a decisão do INSS. “A escolha da FunRio como organizadora de
um concurso tão visado como o do INSS é motivo de muita indignação, pois a
instituição não passa credibilidade aos candidatos, principalmente diante da
fraude na prova da PRF em 2009. Como não se sentir inseguro? Temo que também
possa ocorrer sérios problemas na aplicação das provas. Estou há seis meses
focada nesse concurso, investi em curso preparatório e apostilas. Não vou
desistir, mas a decepção é grande”, lamenta.
Fonte: Folha Dirigida
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