Além das 450 vagas imediatas do
concurso do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) outras deverão surgir
durante o prazo de validade, de dois anos, prorrogável por igual período. Esse
é o sentimento geral dos sindicalistas, ligados ao órgão, entrevistados por FOLHA
DIRIGIDA ao longo dos últimos meses. O presidente da Associação dos Servidores
da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio Grande do Sul,
Vladimir Alcorte, criticou a reduzida oferta de vagas autorizada pelo
Ministério do Planejamento, em setembro do ano passado, e informou que MTE
necessita com urgência recompor o quadro de pessoal da área administrativa.
"Estamos trabalhando apenas com cerca de 20% da nossa força de trabalho.
Há muito poucos servidores da área administrativa", lamentou.
Para a seleção atual, o MTE
solicitou 1.858 vagas, sendo 1.600 para o cargo de agente administrativo. No
entanto, a pasta, comandada pela ministra Miriam Belchior, permitiu somente a
contratação de 450 profissionais, sendo 415 agentes e 35 contadores. No
primeiro concurso promovido pela área administrativa, promovido em 2008, foram
oferecidas 1.822 vagas, sendo 1.628 para agente administrativo e as demais para
administrador e economista. A seleção reuniu 329.454 inscritos e esteve em
vigor até 23 de março de 2013. Mais de 2.122 aprovados foram convocados durante
a sua validade. Apesar do expressivo número de nomeados, o que deve se repetir,
Alcorte alega que a maior parte dos concursados já deixou o ministério, o que
vem prejudicando o trabalho nas unidades espalhadas pelo país. "Muitos
usam o MTE apenas como um trampolim. Só ficam aqui enquanto esperam
oportunidades em um cargo superior", disse, explicando o porquê do déficit
na área administrativa.
Em nota divulgada pelo MTE, o
próprio Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, reconheceu a necessidade
de reestruturar o quadro de pessoal do órgão, o que não será possível apenas
com 450 vagas, segundo os sindicalistas. “O concurso vem em boa hora e objetiva
reforçar o quadro de pessoal da carreira administrativa do MTE e é resultado do
apoio da presidenta Dilma Rousseff às ações de modernização do Ministério, no
sentido de melhorar continuamente a qualidade dos serviços prestados à
sociedade brasileira, e em especial, aos nossos trabalhadores”.
Segundo a presidente do Sindicato
Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinai), Rosângela Rassy "o
número total de 450 vagas, para o quadro de pessoal da área administrativa, é
insuficiente para a carência de profissionais nas superintendências e gerências
espalhadas por todo o Brasil. Igualmente, foi diminuto o número de vagas
autorizadas para o cargo de auditor-fiscal do trabalho, de apenas 100.
Atualmente, são mais de 800 cargos vagos". O secretário–geral da
Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), José
Milton da Costa, denunciou que faltam servidores em todo o país. “No Rio de
Janeiro ou em qualquer estado, o Ministério do Trabalho e Emprego não possui
servidores em número suficiente”, frisou.
Fonte: Folha Dirigida
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