quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

MTE: Déficit justifica pressa e pode ampliar convocações

Além das 450 vagas imediatas do concurso do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) outras deverão surgir durante o prazo de validade, de dois anos, prorrogável por igual período. Esse é o sentimento geral dos sindicalistas, ligados ao órgão, entrevistados por FOLHA DIRIGIDA ao longo dos últimos meses. O presidente da Associação dos Servidores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio Grande do Sul, Vladimir Alcorte, criticou a reduzida oferta de vagas autorizada pelo Ministério do Planejamento, em setembro do ano passado, e informou que MTE necessita com urgência recompor o quadro de pessoal da área administrativa. "Estamos trabalhando apenas com cerca de 20% da nossa força de trabalho. Há muito poucos servidores da área administrativa", lamentou.

Para a seleção atual, o MTE solicitou 1.858 vagas, sendo 1.600 para o cargo de agente administrativo. No entanto, a pasta, comandada pela ministra Miriam Belchior, permitiu somente a contratação de 450 profissionais, sendo 415 agentes e 35 contadores. No primeiro concurso promovido pela área administrativa, promovido em 2008, foram oferecidas 1.822 vagas, sendo 1.628 para agente administrativo e as demais para administrador e economista. A seleção reuniu 329.454 inscritos e esteve em vigor até 23 de março de 2013. Mais de 2.122 aprovados foram convocados durante a sua validade. Apesar do expressivo número de nomeados, o que deve se repetir, Alcorte alega que a maior parte dos concursados já deixou o ministério, o que vem prejudicando o trabalho nas unidades espalhadas pelo país. "Muitos usam o MTE apenas como um trampolim. Só ficam aqui enquanto esperam oportunidades em um cargo superior", disse, explicando o porquê do déficit na área administrativa.


Em nota divulgada pelo MTE, o próprio Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, reconheceu a necessidade de reestruturar o quadro de pessoal do órgão, o que não será possível apenas com 450 vagas, segundo os sindicalistas. “O concurso vem em boa hora e objetiva reforçar o quadro de pessoal da carreira administrativa do MTE e é resultado do apoio da presidenta Dilma Rousseff às ações de modernização do Ministério, no sentido de melhorar continuamente a qualidade dos serviços prestados à sociedade brasileira, e em especial, aos nossos trabalhadores”.

Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinai), Rosângela Rassy "o número total de 450 vagas, para o quadro de pessoal da área administrativa, é insuficiente para a carência de profissionais nas superintendências e gerências espalhadas por todo o Brasil. Igualmente, foi diminuto o número de vagas autorizadas para o cargo de auditor-fiscal do trabalho, de apenas 100. Atualmente, são mais de 800 cargos vagos". O secretário–geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), José Milton da Costa, denunciou que faltam servidores em todo o país. “No Rio de Janeiro ou em qualquer estado, o Ministério do Trabalho e Emprego não possui servidores em número suficiente”, frisou.

Fonte: Folha Dirigida

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