A realização de concurso para
técnico do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é vital e indispensável
para a autarquia, na visão de especialistas e sindicalistas na área previdenciária.
Sem ter nenhuma seleção em validade, com previsão de milhares de aposentadorias
nos próximos anos e ainda tendo que promover a expansão de suas agências por
todo o país, a falta de servidores poderá levar a um colapso o sistema
previdenciário do país. Por isso, é inevitável que o Ministério do Planejamento
autorize, muito em breve, a abertura de concurso para o INSS. O pedido de 2 mil
vagas de técnico do seguro social (há, ainda, outras 1.080 de perito médico) já
foi feito à pasta, que avalia agora o impacto orçamentário das contratações.
O reforço para os quadros do INSS
é tão necessário que a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, confirmou que
o concurso será autorizado em junho, porém com uma oferta de 1.500 vagas,
segundo informou os deputados Amauri Teixeira (PT/BA), Roberto Santiago
(PSD/SP) e André Figueiredo (PDT/CE), em recente encontro com a chefe da pasta.
Por isso, quem pretende participar da seleção já deve iniciar a preparação, de
forma a obter a melhor classificação possível. Em dezembro do ano passado, o
INSS encaminhou uma nota técnica ao Ministério do Planejamento para “oferecer
motivações e justificativas para subsidiar a solicitação de concurso público
para recomposição do seu quadro de servidores no exercício de 2014”.
No documento, o instituto
comunicava ter mais de 10 mil servidores que ainda não se aposentaram porque
estão recebendo abono de permanência em todo o país. Além disso, a autarquia
quer se preparar para quando for necessário substituir esse pessoal. A situação
somente tende a piorar nos próximos anos, uma vez que a força de trabalho do
INSS está envelhecendo. “É fato que algumas unidades, no geral, precisam de uma
recomposição de mão de obra, quando a gente pensa nos servidores que estão
próximos para se aposentar e em algumas perdas de concurso que não foram
possíveis repor. Temos necessidade de recompor a mão de obra”, reconheceu o
chefe do Serviço de Gestão de Pessoas da Superintendência Sudeste II (Rio de
Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo) do INSS, João Paulo de Souza Andrade,
em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, realizada na semana passada. Na ocasião,
Andrade estava como interino do superintendente Carlos José do Carmo.
Os mais de 5 mil técnicos e
peritos médicos convocados no último concurso do INSS para as carreiras, cujo
prazo de validade se encerrou em meados de abril, serviram apenas para a
reposição de vacâncias. Entretanto, o INSS também sofre com a carência de
pessoal. Isso porque o quantitativo de servidores do instituto está estagnado
há quase dez anos (cerca de 35 mil). Entretanto, durante esse período, o número
de segurados da Previdência Social aumentou 61% - de 39,9 milhões para 67
milhões.
Requisitos e rendimentos - O cargo de técnico requer o nível médio
e proporciona remuneração de R$ 4.400,87 (já contando com a gratificação de
atividade Executiva e de desempenho de atividades do Seguro Social - 80
pontos). A função de perito exige graduação em Medicina e inscrição no conselho
regional da categoria. Os rendimentos são de R$ 10.056,80 (considerando 80
pontos de gratificação de desempenho de atividade de perícia médica
previdenciária).
Fonte: Folha Dirigida
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