terça-feira, 17 de junho de 2014

MTE: Auditor-fiscal terá novo concurso

O Ministério do Planejamento já analisa pedido de novo concurso para auditor-fiscal do trabalho. O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, solicitou o preenchimento de 800 vagas no cargo, que tem exigência de nível superior, independentemente da área de formação. Os rendimentos iniciais são de atrativos R$14.965, para a carga de 40h semanais. Na nota técnica da Secretaria de Inspeção do Trabalho e da Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério do Trabalho, que foi anexada ao pedido, a realização do concurso em 2015 é tida como imperativa “para não haver prejuízo institucional” ao andamento das atividades desenvolvidas pela pasta. A solicitação começou a ser avaliada em 27 de maio.

 Para o MTE, os cerca de 3 mil auditores em atividade são insuficientes para atender à crescente demanda da fiscalização trabalhista. Segundo a pasta, o país necessita de 6.672 auditores, para poder cumprir acordos firmados com Organização Internacional do Trabalho – OIT. Portanto, o déficit atual é de quase 4 mil profissionais na carreira. Há a expectativa de que o processo seletivo se mantenha igual ao do concurso realizado no ano passado, que está em vigor até janeiro. Sob organização do Cespe/UnB, foram realizadas duas provas objetivas, totalizando 220 questões. A aprovação esteve condicionada à obtenção de, pelo menos, 20 pontos em Conhecimentos Básicos; 36 em Conhecimentos Específicos e 66 no conjunto das provas objetivas.

Houve, ainda, um exame discursivo, consistindo em seis questões dissertativas, distribuídas em duas avaliações, uma redação e a elaboração de um parecer técnico. Foram aprovados os candidatos que obtiveram, pelo menos, 50% dos pontos em cada um dos itens da avaliação. Por último, ocorreu uma sindicância da vida dos concursados. A seleção reuniu 48.035 inscritos. Até o momento, o Ministério do Planejamento autorizou a contratação de 100 auditores. No entanto, devido à necessidade de pessoal o MTE já pediu a convocação de 100 excedentes. A seleção tem prazo de validade de seis meses, prorrogável por igual período.

 Relembre último concurso, aberto em 2013

Estabilidade, remuneração atrativa e oportunidades de crescimento: esses são apenas alguns dos atrativos no concurso para auditor-fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego. A última seleção, cujo edital foi publicado em 28 de junho de 2013, teve a oferta de 100 vagas para a carreira, cobrando a taxa de R$130. O concurso, realizado pelo Cespe/Unb, foi composto por quatro etapas: provas objetivas, provas discursivas, sindicância de vida pregressa e avaliação multiprofissional daqueles candidatos que se declararam com deficiência.

A prova objetiva foi composta por 220 questões, cujo julgamento de cada item foi 'Certo' ou 'Errado', abordando as disciplinas de Conhecimentos Básicos (100 itens), denominada P1, e Conhecimentos Específicos (120 itens), denominada P2. Os candidatos focaram os estudos nas disciplinas de Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Direitos Humanos, Administração Geral e Pública e Noções de Informática, para obter bons resultados em Conhecimentos Básicos.

Já em Conhecimentos Específicos, foi necessário comprovar domínio nas disciplinas de Direito Constitucional, Direito Administrativo, Auditoria, Economia do Trabalho, Direito do Trabalho, Seguridade Social, Legislação Previdenciária e do Trabalho e Contabilidade Geral. A prova discursiva também contou com duas etapas: P3 e P4. A primeira delas, P3, consistiu em três questões, a serem respondidas em até 20 linhas cada, acerca de Direitos Humanos e/ou Economia do Trabalho e/ou Direito Constitucional e/ou Direito Administrativo; e uma dissertação, a ser elaborada em até 30 linhas, acerca de Direitos Humanos e/ou Economia do Trabalho e/ou Direito Constitucional e/ou Direito Administrativo.

Já a prova discursiva P4 valeu 100 pontos e constou de três questões contendo situações-problema, a serem resolvidas, em até 20 linhas cada, acerca de Gestão de Projetos e/ou Direito do Trabalho e/ou Segurança e Saúde no Trabalho; e um parecer técnico, a ser elaborado em até 60 linhas, acerca de Segurança e Saúde no Trabalho. Ao todo, foram contados 48.035 inscritos neste concurso.

Tradicionalmente, os editais de abertura do Ministério do Trabalho para este cargo não trazem o local de lotação dos candidatos, o que somente é decidido após a homologação do resultado final. Em janeiro deste ano, os 100 classificados neste concurso para auditor-fiscal puderam escolher o local de sua preferência para trabalhar, dentre as superintendências regionais do Trabalho dos estados do Acre (4), Amazonas (24), Amapá (8), Bahia (7), Maranhão (1), Mato Grosso (6), Pará (20), Rondônia (20), Roraima (6) e Rio Grande do Sul (4).


Fonte: Folha Dirigida

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