O Ministério do Planejamento já
analisa pedido de novo concurso para auditor-fiscal do trabalho. O ministro do
Trabalho e Emprego, Manoel Dias, solicitou o preenchimento de 800 vagas no
cargo, que tem exigência de nível superior, independentemente da área de
formação. Os rendimentos iniciais são de atrativos R$14.965, para a carga de
40h semanais. Na nota técnica da Secretaria de Inspeção do Trabalho e da
Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério do Trabalho, que foi
anexada ao pedido, a realização do concurso em 2015 é tida como imperativa
“para não haver prejuízo institucional” ao andamento das atividades
desenvolvidas pela pasta. A solicitação começou a ser avaliada em 27 de maio.
Para o MTE, os cerca de 3 mil auditores em
atividade são insuficientes para atender à crescente demanda da fiscalização
trabalhista. Segundo a pasta, o país necessita de 6.672 auditores, para poder
cumprir acordos firmados com Organização Internacional do Trabalho – OIT. Portanto,
o déficit atual é de quase 4 mil profissionais na carreira. Há a expectativa de
que o processo seletivo se mantenha igual ao do concurso realizado no ano
passado, que está em vigor até janeiro. Sob organização do Cespe/UnB, foram
realizadas duas provas objetivas, totalizando 220 questões. A aprovação esteve
condicionada à obtenção de, pelo menos, 20 pontos em Conhecimentos Básicos; 36
em Conhecimentos Específicos e 66 no conjunto das provas objetivas.
Houve, ainda, um exame discursivo,
consistindo em seis questões dissertativas, distribuídas em duas avaliações,
uma redação e a elaboração de um parecer técnico. Foram aprovados os candidatos
que obtiveram, pelo menos, 50% dos pontos em cada um dos itens da avaliação.
Por último, ocorreu uma sindicância da vida dos concursados. A seleção reuniu
48.035 inscritos. Até o momento, o Ministério do Planejamento autorizou a
contratação de 100 auditores. No entanto, devido à necessidade de pessoal o MTE
já pediu a convocação de 100 excedentes. A seleção tem prazo de validade de
seis meses, prorrogável por igual período.
Estabilidade, remuneração
atrativa e oportunidades de crescimento: esses são apenas alguns dos atrativos
no concurso para auditor-fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego. A última
seleção, cujo edital foi publicado em 28 de junho de 2013, teve a oferta de 100
vagas para a carreira, cobrando a taxa de R$130. O concurso, realizado pelo
Cespe/Unb, foi composto por quatro etapas: provas objetivas, provas
discursivas, sindicância de vida pregressa e avaliação multiprofissional
daqueles candidatos que se declararam com deficiência.
A prova objetiva foi composta por
220 questões, cujo julgamento de cada item foi 'Certo' ou 'Errado', abordando
as disciplinas de Conhecimentos Básicos (100 itens), denominada P1, e
Conhecimentos Específicos (120 itens), denominada P2. Os candidatos focaram os
estudos nas disciplinas de Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Direitos
Humanos, Administração Geral e Pública e Noções de Informática, para obter bons
resultados em Conhecimentos Básicos.
Já em Conhecimentos Específicos,
foi necessário comprovar domínio nas disciplinas de Direito Constitucional,
Direito Administrativo, Auditoria, Economia do Trabalho, Direito do Trabalho,
Seguridade Social, Legislação Previdenciária e do Trabalho e Contabilidade
Geral. A prova discursiva também contou com duas etapas: P3 e P4. A primeira
delas, P3, consistiu em três questões, a serem respondidas em até 20 linhas
cada, acerca de Direitos Humanos e/ou Economia do Trabalho e/ou Direito
Constitucional e/ou Direito Administrativo; e uma dissertação, a ser elaborada
em até 30 linhas, acerca de Direitos Humanos e/ou Economia do Trabalho e/ou
Direito Constitucional e/ou Direito Administrativo.
Já a prova discursiva P4 valeu
100 pontos e constou de três questões contendo situações-problema, a serem
resolvidas, em até 20 linhas cada, acerca de Gestão de Projetos e/ou Direito do
Trabalho e/ou Segurança e Saúde no Trabalho; e um parecer técnico, a ser
elaborado em até 60 linhas, acerca de Segurança e Saúde no Trabalho. Ao todo,
foram contados 48.035 inscritos neste concurso.
Tradicionalmente, os editais de
abertura do Ministério do Trabalho para este cargo não trazem o local de
lotação dos candidatos, o que somente é decidido após a homologação do
resultado final. Em janeiro deste ano, os 100 classificados neste concurso para
auditor-fiscal puderam escolher o local de sua preferência para trabalhar,
dentre as superintendências regionais do Trabalho dos estados do Acre (4),
Amazonas (24), Amapá (8), Bahia (7), Maranhão (1), Mato Grosso (6), Pará (20),
Rondônia (20), Roraima (6) e Rio Grande do Sul (4).
Fonte: Folha Dirigida
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