O concurso para 216 vagas de
agente administrativo da Polícia Rodoviário Federal (PRF) foi retomado nesta
quarta-feira, dia 11. O departamento e a Funcab (organizadora) assinaram acordo
extrajudicial proposto pelo Ministério Público Federal (MPF/MS), conforme
antecipou a FOLHA DIRIGIDA, visando à continuidade da seleção. Ficou acordado
que as provas objetivas serão aplicadas novamente, no dia 22 deste mês, para os
415 candidatos de Campo Grande/MS, que não receberam o caderno de questões no
dia 25 do mês passado, data em que o exame foi realizado em todo o país. Os
demais candidatos terão a prova corrigida normalmente, com os gabaritos
preliminares tendo sido divulgados na manhã de hoje (clique AQUI para acessar
os gabaritos e os cadernos de provas). Segundo o MPF/MS, a medida não é a ideal
mas, no momento, "é o mais próximo da igualdade e da razoabilidade".
Os recursos contra as respostas
oficiais e questões da prova serão recebidos nestas quinta e sexta-feiras, dias
12 e 13, no site da organizadora. As novas provas estão marcadas para o dia 22
deste mês e serão realizadas das 15h às 18h30 (horário de Brasília), em local
disponibilizado a partir desta quinta, 12, no site da Funcab, para consulta
individual. A necessidade de reaplicação das provas já havia sido destacada por
juristas consultados pela FOLHA DIRIGIDA, que, no entanto, discordaram quanto à
abrangência da medida.
A PRF divulgou que de acordo com
o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado, durante o levantamento das
informações sobre o atraso na aplicação das provas no bloco E do Colégio Dom
Bosco, na capital sul-mato-grossense, ficou constatado que os cadernos de
provas não foram enviados para o referido local por não ter sido emitido o
relatório de envelopamento. Esse erro teria acontecido porque o bloco E foi
incluído posteriormente na lista dos locais de prova, em razão do aumento de
candidatos na unidade. Segundo o MPF, não há indícios de que a ocorrência
citada seja decorrente de ação ilícita.
O departamento ressalta ainda que
a ocorrência atingiu apenas 0,16% dos mais de 250 mil inscritos no concurso e
que, como é relatado no TAC, a anulação total da seleção representaria maior
lesividade social que o próprio problema constatado. O acordo assinado prevê
também a possibilidade dos 415 candidatos considerados prejudicados desistirem
de refazer as provas e terem o valor da taxa de inscrição devolvido, no prazo
de dez dias. Além disso, a Funcab terá que ressarcir, no prazo máximo de 30
dias, os candidatos que não moram em Campo Grande/MS, entre os 415
prejudicados, que comprovarem despesas com transporte (inclusive pedágio),
alimentação e hospedagem.
Em todo o país, 259.136
candidatos eram esperados para fazer as provas do concurso no último dia 25. O
número de faltosos ainda não foi divulgado. Além das provas, a seleção prevê
investigação social. O cargo de agente administrativo é destinado a quem possui
o ensino médio completo e tem remuneração inicial de R$3.937,77, incluindo o auxílio-alimentação,
de R$373. O concurso visa à substituição de terceirizados irregulares.
Fonte: Folha Dirigida
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