Receita Federal: Pedido de concurso inclui também a área de apoio

Aqueles que desejam fazer parte dos quadros da Receita Federal, mas não se interessam pelos cargos de analista-tributário e auditor-fiscal, devem ficar atentos. O órgão informou, por meio da sua Assessoria de Imprensa, que o pedido de concurso feito para a área fiscal inclui também a área administrativa. O número de vagas e os cargos, no entanto, não foram informados. As seleções para a área de apoio da Receita são feitas por meio do Ministério da Fazenda, e o cargo que costuma contar com maior oferta de vagas é o de assistente técnico-administrativo, de nível médio, com remuneração inicial de R$3.423,82 (incluindo o auxílio-alimentação, de R$373). Outro destaque costuma ser o de analista técnico-administrativo, de nível superior, com iniciais de R$4.617,62.

A solicitação de concurso para a Receita está sendo analisada no Ministério do Planejamento por meio de processo que abrange diversas carreiras fazendárias. O pedido foi protocolado pela Fazenda em junho deste ano e, desde o começo daquele mês, está na Coordenação de Desenvolvimento Econômico da Secretaria de Gestão Pública do Planejamento. Caso seja autorizado um novo concurso para o cargo de assistente até o início do ano que vem, o mais provável é que a seleção conte com vagas apenas para São Paulo e Distrito Federal, que a partir de novembro deste ano não terão mais seleção em validade. O último concurso para as duas localidades foi realizado em 2012 e teve oferta de 463 vagas (322 para o DF e 141 para São Paulo). Ao todo, houve 77.339 inscritos. Além da Receita, existe a possibilidade de lotação em diferentes órgãos do Ministério da Fazenda.

Para o restante do país, a última seleção para assistente foi aberta em janeiro deste ano. Foram oferecidas 1.026 vagas, sendo que, até o momento, nenhum aprovado foi chamado, em função de decisão judicial suspendendo liminarmente as nomeações, para que antes seja realizado um concurso de remoção interna dos atuais servidores. Por meio de comunicado na página do concurso, no site da Esaf (organizadora), o Ministério da Fazenda informa apenas que não tem como cumprir a decisão sem comprometer a nomeação dos concursados. A validade da seleção expira em junho do próximo ano, podendo ser prorrogada, uma única vez, até junho de 2016.

As seleções para assistente técnico-administrativo são feitas pela Esaf e compostas apenas por provas objetivas. No concurso deste ano, os candidatos tiveram que solucionar 70 questões, distribuídas por Língua Portuguesa, Matemática e Raciocínio Lógico, Conhecimentos de Informática, Atualidades, Gestão de Pessoas e do Atendimento ao Público, Ética do Servidor na Administração Pública, Administração Pública Brasileira e Regime Jurídico dos Agentes Públicos.

Analista administrativo e área fiscal

No caso de analista técnico-administrativo, a seleção mais recente, para 192 vagas, foi feita no ano passado e é válida até o mês que vem, havendo a possibilidade de prorrogação da vigência até novembro do ano que vem. A formação superior exigida para o cargo pode ser em qualquer área. No concurso de 2013, foram oferecidas ainda 155 vagas de arquiteto, contador, engenheiro e pedagogo. Assim como no caso de assistente, os aprovados para esses cargos podem ser lotados em outros órgãos do Ministério da Fazenda, e não apenas na Receita.

Os dois cargos que compõem a carreira de auditoria da Receita Federal são abertos a quem possui o ensino superior em qualquer área e proporcionam ganhos iniciais de R$9.171,88 (analista) e R$15.338,44 (auditor). A partir de janeiro do ano que vem, os valores passarão para R$9.629,42 e R$16.116,64, respectivamente. Para auditor, foram pedidas 2 mil vagas, segundo o ex-presidente do sindicato nacional da categoria (Sindifisco Nacional) Pedro Delarue, porém a Receita ainda precisa nomear os aprovados na seleção deste ano. Ainda não se sabe a dimensão do pedido para analista. A presidente do sindicato nacional dos analistas-tributários (Sindireceita), Sílvia Felismino, aponta um déficit de 9 mil servidores no cargo e defende concurso para 1.800 vagas por ano.

Fonte: Folha Dirigida