Enquanto a Defensoria Pública da União (DPU) aguarda a
decisão judicial para poder retomar o concurso para cargos de níveis médio e
superior da área de apoio, os candidatos devem focar suas atenções na busca
pela melhor preparação possível. A dica é manter o ritmo de estudos, segundo a
especialista em concursos Lia Salgado. "Em concurso público, quem se deixa
abater com notícias como essas termina indo para o fim da fila. É uma maratona.
Aqueles que seguirem em frente, independentemente das dificuldades ou desvios
do caminho, conquistarão a vaga. É apenas uma questão de tempo."
Lia concorda que a suspensão de um concurso pode causar
impacto avassalador, mas ressalta que é preciso reagir. "Já passamos por
isso com editais da Polícia Federal há algum tempo. Depois foram retomados.
Quem inicia um projeto como esse precisa estar preparado para esses revezes e
buscar a alternativa mais produtiva." Segundo Lia Salgado, que é autora do
livro "Como Vencer a Maratona do Concurso Público", da editora
Saraiva, não há perdas quando se fala em estudos. "Por sorte, boa parte
das disciplinas cobradas no concurso para o DPU é também cobrada em muitos
outros concursos. Então, não há porquê desanimar nem reduzir o ritmo de
estudo."
De acordo com o cargo pretendido e o grupo de matérias que o
candidato estava estudando, Lia sugere buscar concursos similares, para
aproveitar o conhecimento adquirido, de olho sempre nas notícias sobre a DPU,
para voltar a intensificar o estudo das matérias específicas. "Quando o
concurso for retomado, o candidato estará mais seguro nessas disciplinas e com
mais tempo para dedicar ao que for específico. Desta forma, aumentam as chances
de aprovação, caso saiba transformar o problema em trunfo."
Entenda a suspensão -
A seleção foi suspensa em 8 de maio, faltando três dias para o fim das
inscrições, devido ao Ministério do Planejamento ter retirado as 143 vagas
oferecidas no certame. A alegação é de que o órgão possui autonomia para
promover concurso, desde 2013, não precisando utilizar as vagas pertencentes ao
Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE). Como a DPU ainda não tem
quadro próprio de servidores (o processo de estruturação do órgão e a criação
de vagas ainda serão votados na Câmara dos Deputados), a defensoria interrompeu
a seleção e impetrou mandado de segurança, no último dia 15, no Superior
Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com o organizador do concurso, o Cespe/UnB, todo o
cronograma deve ser desconsiderado, o que incluiu a data da prova,
anteriormente agendada para 21 de junho. Em caso de retomada do concurso, o
organizador terá de refazer o cronograma, podendo até mesmo abrir novo prazo de
inscrições. Apesar de não haver novas informações sobre a suspensão do
concurso, sobretudo quanto à devolução do valor da taxa de inscrição aos
candidatos, historicamente, o Cespe/UnB pratica a devolução aos que não podem
fazer provas na nova data. Além disso, o item 6.4.6 do edital diz que "o
valor referente ao pagamento da taxa de inscrição não será devolvido em
hipótese alguma, salvo em caso de cancelamento do certame por conveniência da
Administração Pública".
Fonte: Folha Dirigida
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