O ministro da Previdência Social,
Garibaldi Alves Filho, afirmou na última quarta-feira, dia 12, com
exclusividade à FOLHA DIRIGIDA, que a abertura do concurso para o Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) é uma de suas prioridades à frente da pasta.
Segundo ele, os interessados em participar da seleção devem manter os estudos
em dia, pois a seleção irá acontecer. "Considero esse concurso inevitável,
devido à necessidade de pessoal da autarquia, e é uma prioridade nossa e do
governo. Posso dizer com certeza que a seleção irá ocorrer. Todos devem manter os
estudos em dia", disse o ministro.
Garibaldi Alves destacou que está
otimista quanto à autorização do concurso e explicou que mantém contato com a
ministra do Planejamento, Miriam Belchior, enviando propostas de negociação
para a autorização ocorrer o mais rápido possível. A solicitação do INSS é de
4.730 vagas, sendo 2 mil para técnico do seguro social, 1.580 de analista do
seguro social e 1.150 de perito médico. O pedido encontra-se sob análise do
Departamento de Modelos Organizacionais e Força de Trabalho dos Setores Social
e de Desenvolvimento Econômico Produtivo (Desep/Segep), do Ministério do
Planejamento, desde abril.
É grande a pressão por novo concurso
Segundo o ministro, a demora na
análise do pedido está associada às transições gerais do governo. A expectativa
é de que o processo de autorização possa ser acelerado em 2015, tendo em vista
que o governo sofre forte pressão para autorizar o concurso. A primeira delas
vem do próprio INSS, que possui alta carência de pessoal. Atualmente há 10.106
servidores em condições de se aposentar (correspondente a 26% dos 38.222
servidores ativos), sendo 6.330 técnicos, 14 analistas, 342 peritos e 3.420 de
cargos em processo de extinção (1.024 agentes de serviços diversos e 705
datilógrafos).
Além disso, a situação das
agências por todo o país é delicada, com mais de 50% dos seus servidores
recebendo abono de permanência. Levando em conta os números por estados, o Rio
tem 39% dos servidores podendo aposentar-se nos próximos anos. Outra pressão para
a contratação de novos servidores parte do Tribunal de Contas da União (TCU),
que, recentemente, fez uma auditoria recomendando a realização do concurso, já
que, caso contrário, o INSS correria risco de colapso, em virtude do grande
número de aposentadorias previstas.
Programa anterior é referência de estudo
Os interessados, portanto, devem
seguir o conselho do ministro e continuar estudando. As provas e programas do
último concurso, em 2011, são os principais materiais de estudo. Na ocasião, os
técnicos resolveram 60 questões objetivas, sendo 20 sobre Conhecimentos Gerais
(Ética no Serviço Público, Regime Jurídico Único, Noções de Direito
Constitucional, Noções de Direito Administrativo, Língua Portuguesa, Raciocínio
Lógico e Noções de Informática) e 40 sobre Conhecimentos Específicos.
Para os médicos, foram cobradas
80 questões - 30 sobre Conhecimentos Gerais, agrupando as disciplinas de
Português, Ética no Serviço Público, Noções de Direito Constitucional e Noções
de Direito Administrativo, e 50 específicas. Para os analistas, o concurso,
finalizado neste ano, foi composto por uma prova objetiva, com 70 questões,
sobre diferentes disciplinas de acordo com a área pretendida. A organização
coube à Fundação Carlos Chagas (FCC).
Fonte: Folha Dirigida
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