Na noite da última sexta-feira,
dia 28, novas movimentações ocorreram no processo de autorização do concurso do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS): a solicitação de 4.730 vagas voltou
ao Ministério da Previdência Social, mas, segundo o Ministério do Planejamento
Orçamento e Gestão (MPOG), este trâmite é normal, já que a pasta solicita aos
órgãos novas informações para dar continuidade ao processo. O fato é, portanto,
que o Planejamento está em constantes discussões para autorizar o concurso o
mais rápido possível.
Somente em novembro, houve quatro
movimentações, o que anima quem aguarda o sinal verde da seleção. Após sair do
Departamento de Modelos Organizacionais e Força de Trabalho dos Setores Social
e de Desenvolvimento Econômico Produtivo (Desep/Segep) e ser encaminhado ao
gabinete da secretária de Gestão Pública, Ana Lúcia Amorim de Brito, a
solicitação voltou, na última terça-feira, dia 26, ao Desep/Segep. Se a última semana
já demonstrava maior celeridade no processo, na sexta, 28, a solicitação voltou
ao gabinete de Ana Lúcia Amorim de Brito e, posteriormente, foi encaminhado ao
Ministério da Previdência Social.
O INSS fez um pedido de 2 mil
vagas para técnico do seguro social, de nível médio, com remuneração de
R$4.400,87, 1.580 de analista do seguro social, de nível superior, com
rendimento de R$7.147,12, e 1.150 de perito médico, também de 3º grau, para
remuneração de R$10.056,80. O Planejamento tem sofrido forte pressão para
autorizar o concurso e, com as movimentações, aparenta se esforçar para dar o
sinal verde o mais rápido possível.
Além da situação delicada que
vive o INSS, com 10.106 servidores em condições de se aposentar (correspondente
a 26% dos 38.222 servidores ativos), recebendo abono de permanência, sendo
6.330 técnicos, 14 analistas, 342 peritos e 3.420 de cargos em processo de
extinção (1.024 agentes de serviços diversos e 705 datilógrafos), o Tribunal de
Contas da União (TCU), por meio de auditoria, recomendou que o instituto
fizesse concurso, já que corre risco de colapso.
Outra pressão é a situação das
agências por todo o país: mais de 50% dos servidores recebem abono de
permanência. Levando em conta os números por estados, o Rio tem 39% dos
servidores podendo aposentar-se nos próximos anos. O ministro Garibaldi Alves
Filho e o presidente do INSS, Lindolfo Neto de Oliveira Sales, afirmaram que
mantém conversas com o Planejamento e que a demora da autorização está
associada às transições gerais do governo. A definição de Nelson Barbosa como
novo ministro da pasta na última quinta, 27, porém, pode fazer com que o
processo ande mais rapidamente.
Fonte: Folha Dirigida
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