quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

INSS: Em trâmite, pedido de concurso retorna à Previdência

Na noite da última sexta-feira, dia 28, novas movimentações ocorreram no processo de autorização do concurso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS): a solicitação de 4.730 vagas voltou ao Ministério da Previdência Social, mas, segundo o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG), este trâmite é normal, já que a pasta solicita aos órgãos novas informações para dar continuidade ao processo. O fato é, portanto, que o Planejamento está em constantes discussões para autorizar o concurso o mais rápido possível.

Somente em novembro, houve quatro movimentações, o que anima quem aguarda o sinal verde da seleção. Após sair do Departamento de Modelos Organizacionais e Força de Trabalho dos Setores Social e de Desenvolvimento Econômico Produtivo (Desep/Segep) e ser encaminhado ao gabinete da secretária de Gestão Pública, Ana Lúcia Amorim de Brito, a solicitação voltou, na última terça-feira, dia 26, ao Desep/Segep. Se a última semana já demonstrava maior celeridade no processo, na sexta, 28, a solicitação voltou ao gabinete de Ana Lúcia Amorim de Brito e, posteriormente, foi encaminhado ao Ministério da Previdência Social.

O INSS fez um pedido de 2 mil vagas para técnico do seguro social, de nível médio, com remuneração de R$4.400,87, 1.580 de analista do seguro social, de nível superior, com rendimento de R$7.147,12, e 1.150 de perito médico, também de 3º grau, para remuneração de R$10.056,80. O Planejamento tem sofrido forte pressão para autorizar o concurso e, com as movimentações, aparenta se esforçar para dar o sinal verde o mais rápido possível.

Além da situação delicada que vive o INSS, com 10.106 servidores em condições de se aposentar (correspondente a 26% dos 38.222 servidores ativos), recebendo abono de permanência, sendo 6.330 técnicos, 14 analistas, 342 peritos e 3.420 de cargos em processo de extinção (1.024 agentes de serviços diversos e 705 datilógrafos), o Tribunal de Contas da União (TCU), por meio de auditoria, recomendou que o instituto fizesse concurso, já que corre risco de colapso.


Outra pressão é a situação das agências por todo o país: mais de 50% dos servidores recebem abono de permanência. Levando em conta os números por estados, o Rio tem 39% dos servidores podendo aposentar-se nos próximos anos. O ministro Garibaldi Alves Filho e o presidente do INSS, Lindolfo Neto de Oliveira Sales, afirmaram que mantém conversas com o Planejamento e que a demora da autorização está associada às transições gerais do governo. A definição de Nelson Barbosa como novo ministro da pasta na última quinta, 27, porém, pode fazer com que o processo ande mais rapidamente.


Fonte: Folha Dirigida

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