terça-feira, 16 de dezembro de 2014

MTE: Concurso para 847 vagas de auditor

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) prossegue aguardando a permissão formal do Ministério do Planejamento para a abertura de concurso para auditor-fiscal do trabalho, cargo de nível superior (qualquer área), com remuneração inicial de R$15.338,44. O MTE solicitou autorização para a abertura de 800 vagas, mas uma nota técnica do Planejamento informou que serão oferecidas 847 vagas, com preenchimento escalonado nos próximos três anos. Além da existência do documento confirmando a seleção, no mês passado, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou à FOLHA DIRIGIDA que a realização do concurso já foi permitida. “Foi autorizada a realização de concurso para 840 ou 850 auditores-fiscais. O concurso será no decorrer do primeiro semestre de 2015”, disse o ministro, que já havia manifestado anteriormente a intenção de promover o concurso no início do próximo ano.

Apesar disso, o processo referente ao pedido encontra-se em análise na Secretaria de Gestão Pública do Planejamento, um dos estágios iniciais da tramitação, embora tenha havido avanço no dia 11 do mês passado. A expectativa é que novas movimentações ocorram principalmente a partir da aprovação no Congresso Nacional, do orçamento federal para 2015, o que pode acontecer até o fim deste mês. O MTE tem urgência na contratação de auditores do trabalho tendo em vista a elevada defasagem do quadro, que segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é de mais de 5 mil servidores. O ministro Manoel Dias, porém, só reconhece uma carência de mil a 1.200 auditores.


Além da remuneração atrativa, uma das maiores do Executivo federal e que e partir de janeiro passará para R$16.116,64 (incluindo auxílio-alimentação, de R$373), a carreira de auditor-fiscal do trabalho proporciona estabilidade, em função da contratação via regime estatutário. O MTE promoveu concurso para o cargo pela última vez no ano passado. Na oportunidade, os candidatos tiveram que passar por duas provas objetivas (220 questões) e discursivas (seis questões dissertativas, uma redação e elaboração de parecer técnico), além de sindicância da vida pregressa. As questões das provas foram sobre Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Direitos Humanos, Administração Geral e Pública, Noções de Informática, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Auditoria, Economia do Trabalho, Direito do Trabalho, Seguridade Social, Legislação Previdenciária, Segurança e Saúde no Trabalho, Legislação do Trabalho e Contabilidade Geral. A seleção foi organizada pelo Cespe/UnB e atraiu 48 mil inscritos para as 100 vagas oferecidas, uma relação de 480,35 candidatos por vaga).

Analista – Além do concurso de auditor do trabalho, o MTE também solicitou ao Planejamento autorização para a realização de concurso com até 100 vagas de analista de políticas sociais, de nível superior, com iniciais de R$5.717,88 (de acordo com a Coordenadoria de Recursos Humanos do órgão o valor chegará a R$6.330,28 a partir do próximo ano). Para analista, a última seleção aconteceu em 2012 e naquela ocasião, assim como ocorre para auditor do trabalho, o requisito básico foi a formação superior em qualquer área.


Professor de Direitos Humanos destaca os assuntos mais importantes

Aqueles que pretendem concorrer a uma das possíveis 800 vagas no concurso para auditor-fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), previsto para 2015, deverão se ater às dicas do professor da Academia do Concurso Fábio Ramos, especialista em Direitos Humanos, conteúdo que poderá ser requisitado no exame. “Acho que o conteúdo deve se basear no edital passado, já que a legislação desse tópico é muito extensa”, comentou.

Para facilitar a rotina de estudos do candidato, o professor adiantou que os possíveis assuntos a serem cobrados na prova são Organização Internacional do Trabalho (OIT), Declaração Universal de Direitos Humanos, Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, Convenção Internacional sobre a Proteção de Direitos de Todos os Migrantes Trabalhadores e Membros de suas Famílias, Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher e o Programa Nacional de Direitos Humanos (Decreto nº 7.037/2009 – Eixos Orientadores II e III).

“Embora Direitos Humanos aborde muitas coisas, houve diversos assuntos que não foram cobrados em prova, até porque seria impossível perguntar sobre tudo que envolve este tema”, alertou. Fábio disse, ainda, que para a prova de 2015 pode ser que esses tópicos não exigidos venham a ser cobrados no novo exame. No último concurso, realizado em 2013 e sob organização do Cespe/UnB, Direitos Humanos era disciplina de Conhecimentos Básicos e contava com 100 questões (sendo 22 sobre o tema). “É provável que em 2015 a banca seja a mesma. Quanto ao número de questões, se não for igual ao concurso passado, creio que a variação da quantidade deverá ser mínima”, indicou.

Na etapa discursiva, o tema Direitos Humanos também foi cobrado e exigiu do candidato conhecimentos da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Por serem tópicos que requerem uma atenção especial do candidato, a melhor maneira de estudar é grifar os pontos principais de tudo que se lê”, orientou. Para facilitar a fixação do conteúdo, o especialista recomendou as bibliografias de Fábio Konder Comparato (A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos) e de Flávia Piovesan (Direitos Humanos e o Direito Constitucional).


Fonte: Folha Dirigida

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