Profª Luciane Sartori |
Olá,
gente. Como vão os estudos? Eu espero que estejam caminhando muito bem. Muitos,
eu sei, estão numa apreensão danada, pois foi escolhida a banca examinadora do concurso do INSS. Mas não fiquem
assim não, concentrem-se em seus estudos, resolvam muitas questões de prova,
porque conhecer a banca faz muita diferença; só a teoria não resolve! Vocês têm
de saber fazer prova!
Na
tentativa de ajudá-los um pouco mais, decidi colocar para todos um roteiro de
estudos para o CESPE, pois esta foi a banca escolhida para realizar esse
concurso. Leiam com atenção as orientações e foquem os pontos mais importantes.
Vamos quebrar esta banca!
Fazer
prova do CESPE é
sempre muito tranquilo, quando se entende que esta banca aborda o conteúdo
programático de Português, cobrando do candidato o sentido das palavras
(significação das palavras) e das frases, a estrutura do período e das orações,
bem como a compreensão e a interpretação com base no contexto.
No que diz respeito à compreensão e interpretação de texto,
o CESPE cobra bastante, além do entendimento do texto propriamente dito, o
reconhecimento das estruturas de coesão (ligação entre as partes do texto) e
coerência (lógica do sentido dos contextos). E, como se pede muito o
reconhecimento dos processos de coesão e o entendimento entre as partes do
texto, o emprego
de palavras -
como pronomes (principalmente os relativos, demonstrativos e pessoais),
conjunções e suas locuções, preposições e suas locuções – é bastante explorado
nas questões, já que são eles que mais influenciam na elaboração
textual para que determinado sentido seja alcançado. Portanto, concentre seus
estudos nesses grupos de palavras.
Observem
que até mesmo verbos são cobrados em prova dessa forma,
apesar de não ser um tema de muita incidência. O candidato tem de saber
reconhecer o tempo e o modo verbais, e para que se emprega cada uma dessas
flexões, como também deverá saber por que foi empregada aquela forma verbal
naquele dado contexto. Assim, se o verbo estiver no presente do indicativo na
linha x do texto, o candidato deverá reconhecer por que foi empregado este
tempo e modo naquele contexto.
A sintaxe da oração e do período também é cobrada dessa forma,
entretanto, além dos aspectos mencionados, é importante saber reconhecer muito
bem o sujeito da oração, pois sintaxe de concordância verbal cai em todas as provas; saber
reconhecer os complementos verbais, porque sintaxe de regência também aparece
sempre; saber identificar as relações gramaticais e semânticas entre as
orações, para que se saiba qual o conectivo adequado a ser empregado, como:
conjunção, pronome relativo ou preposição; saber identificar quais palavras
estão relacionadas entre si, já que isso fará com que se distinga o adjetivo do
advérbio (isso é muito cobrado) e, consequentemente, saber se determinada
palavra pode ser flexionada no singular, plural, masculino e feminino – sintaxe
de concordância
nominal,
porque também é bastante solicitada.
Além
disso, saber reconhecer as relações entre as palavras ajuda também a entender
se uma preposição deve ser empregada ou não entre elas, o que reforça o estudo
da crase - o CESPE cobra este assunto com base
nessas relações. Dessa forma, estudar bastante a identificação de termo regente
e de termo regido é muito importante.
A pontuação também segue essa linha de raciocínio:
não se separam com sinal algum de pontuação termos ou orações que se completam,
por isso entre verbo e objeto direto, entre sujeito e verbo nunca haverá
vírgula. Esta banca gosta muito de cobrar o entendimento da vírgula antes do
“e”, bem como o reconhecimento do aposto explicativo e sua separação do
restante da frase pelos sinais de pontuação, como dois pontos - sinal empregado
para apresentar uma explicação do que foi dito antes dele, ou para fazer uma
citação, ou indicar fala de um personagem.
Por
fim, a ortografia
oficial é pouco
cobrada, mas mantenham atenção à grafia das palavras, pois costumamos não
perceber uma incorreção por pensarmos a palavra como a conhecemos, e não como
foi escrita. Atente ainda ao emprego dos “porquês”, das expressões “de encontro
a” e “ao encontro de”, de “a” e “há”, de “onde” e “aonde”. E a esse
conhecimento está a acentuação,
a que também não damos muita atenção ao ler os textos, apesar de seu emprego
fazer tanta diferença ao sentido e som de muitas palavras. Assim, ao ler
questões como de reescrituras de frases, mantenham foco na grafia e na
acentuação.
A acentuação das palavras também é cobrada em
questões que pedem para que se verifique se determinadas palavras foram
acentuadas pelo mesmo motivo, ou pela mesma regra. Claro que é possível não vir
à lembrança todo o conjunto de regras, mas o fato de se reconhecer a sílaba
tônica adequadamente fará perceber o motivo do emprego do acento: na tônica, há
um hiato com “u ou “i” como segunda vogal ou um ditongo de som aberto na
monossílaba ou na oxítona?, trata-se de um monossílabo?, ou o acento foi
empregado em uma oxítona, uma paroxítona ou uma proparoxítona? – sempre nesta
ordem de raciocínio, será difícil errar.
E,
muito importante, não se esqueça de que no momento em que você for responder a
um item, nunca analise apenas o que o examinador indicou especificamente,
sempre leia uma parte do texto anterior ao trecho que foi indicado e uma parte
posterior a ele. Assim você nunca deixará de ver o contexto.
Um forte abraço e até a próxima. Estudem Português, ele fará a diferença. Bons
estudos a todos!
Luciane Sartori
Contatos:
www.sartoriprofessores.com.br
www.sartorivirtual.com.br
facebook:
Luciane Sartori II
lucianesartori@bol.com.br
Muito bom!
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