domingo, 11 de outubro de 2015

Português: Roteiro de estudos para o CESPE

Profª Luciane Sartori
Olá, gente. Como vão os estudos? Eu espero que estejam caminhando muito bem. Muitos, eu sei, estão numa apreensão danada, pois foi escolhida a banca examinadora do concurso do INSS. Mas não fiquem assim não, concentrem-se em seus estudos, resolvam muitas questões de prova, porque conhecer a banca faz muita diferença; só a teoria não resolve! Vocês têm de saber fazer prova!

Na tentativa de ajudá-los um pouco mais, decidi colocar para todos um roteiro de estudos para o CESPE, pois esta foi a banca escolhida para realizar esse concurso. Leiam com atenção as orientações e foquem os pontos mais importantes. Vamos quebrar esta banca!

Fazer prova do CESPE é sempre muito tranquilo, quando se entende que esta banca aborda o conteúdo programático de Português, cobrando do candidato o sentido das palavras (significação das palavras) e das frases, a estrutura do período e das orações, bem como a compreensão e a interpretação com base no contexto.

No que diz respeito à compreensão e interpretação de texto, o CESPE cobra bastante, além do entendimento do texto propriamente dito, o reconhecimento das estruturas de coesão (ligação entre as partes do texto) e coerência (lógica do sentido dos contextos). E, como se pede muito o reconhecimento dos processos de coesão e o entendimento entre as partes do texto, o emprego de palavras - como pronomes (principalmente os relativos, demonstrativos e pessoais), conjunções e suas locuções, preposições e suas locuções – é bastante explorado nas questões,  já que são eles que mais influenciam  na elaboração textual para que determinado sentido seja alcançado. Portanto, concentre seus estudos nesses grupos de palavras.

Observem que até mesmo verbos são cobrados em prova dessa forma, apesar de não ser um tema de muita incidência. O candidato tem de saber reconhecer o tempo e o modo verbais, e para que se emprega cada uma dessas flexões, como também deverá saber por que foi empregada aquela forma verbal naquele dado contexto. Assim, se o verbo estiver no presente do indicativo na linha x do texto, o candidato deverá reconhecer por que foi empregado este tempo e modo naquele contexto.

A sintaxe da oração e do período também é cobrada dessa forma, entretanto, além dos aspectos mencionados, é importante saber reconhecer muito bem o sujeito da oração, pois sintaxe de concordância verbal cai em todas as provas; saber reconhecer os complementos verbais, porque sintaxe de regência também aparece sempre; saber identificar as relações gramaticais e semânticas entre as orações, para que se saiba qual o conectivo adequado a ser empregado, como: conjunção, pronome relativo ou preposição; saber identificar quais palavras estão relacionadas entre si, já que isso fará com que se distinga o adjetivo do advérbio (isso é muito cobrado) e, consequentemente, saber se determinada palavra pode ser flexionada no singular, plural, masculino e feminino – sintaxe de concordância nominal, porque  também é bastante solicitada.

Além disso, saber reconhecer as relações entre as palavras ajuda também a entender se uma preposição deve ser empregada ou não entre elas, o que reforça o estudo da crase - o CESPE cobra este assunto com base nessas relações. Dessa forma, estudar bastante a identificação de termo regente e de termo regido é muito importante.

A pontuação também segue essa linha de raciocínio: não se separam com sinal algum de pontuação termos ou orações que se completam, por isso entre verbo e objeto direto, entre sujeito e verbo nunca haverá vírgula. Esta banca gosta muito de cobrar o entendimento da vírgula antes do “e”, bem como o reconhecimento do aposto explicativo e sua separação do restante da frase pelos sinais de pontuação, como dois pontos - sinal empregado para apresentar uma explicação do que foi dito antes dele, ou para fazer uma citação, ou indicar fala de um personagem.

Por fim, a ortografia oficial é pouco cobrada, mas mantenham atenção à grafia das palavras, pois costumamos não perceber uma incorreção por pensarmos a palavra como a conhecemos, e não como foi escrita. Atente ainda ao emprego dos “porquês”, das expressões “de encontro a” e “ao encontro de”, de “a” e “há”, de “onde” e “aonde”. E a esse conhecimento está a acentuação, a que também não damos muita atenção ao ler os textos, apesar de seu emprego fazer tanta diferença ao sentido e som de muitas palavras. Assim, ao ler questões como de reescrituras de frases, mantenham foco na grafia e na acentuação.

A acentuação das palavras também é cobrada em questões que pedem para que se verifique se determinadas palavras foram acentuadas pelo mesmo motivo, ou pela mesma regra. Claro que é possível não vir à lembrança todo o conjunto de regras, mas o fato de se reconhecer a sílaba tônica adequadamente fará perceber o motivo do emprego do acento: na tônica, há um hiato com “u ou “i” como segunda vogal ou um ditongo de som aberto na monossílaba ou na oxítona?, trata-se de um monossílabo?, ou o acento foi empregado em uma oxítona, uma paroxítona ou uma proparoxítona? – sempre nesta ordem de raciocínio, será difícil errar.

E, muito importante, não se esqueça de que no momento em que você for responder a um item, nunca analise apenas o que o examinador indicou especificamente, sempre leia uma parte do texto anterior ao trecho que foi indicado e uma parte posterior a ele. Assim você nunca deixará de ver o contexto.

Um forte abraço e até a próxima. Estudem Português, ele fará a diferença. Bons estudos a todos!
                              
               
       Luciane Sartori
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