terça-feira, 18 de novembro de 2014

Receita Federal: Preparação deve começar desde já, diz especialista

Com pedido de autorização em análise no Ministério do Planejamento, os concursos para analista-tributário e auditor-fiscal da Receita Federal (ambos de nível superior) deverão ser duas das grandes oportunidades oferecidas em 2015. Mas engana-se quem acredita que deve deixar para iniciar a preparação apenas no próximo ano ou após a permissão para a sua realização. “O concurso tem muitas matérias e a disputa será bastante acirrada, de forma que é importante iniciar os estudos o quanto antes”, orientou o professor Roberto Caparroz do curso preparatório LFG.

De acordo com o especialista, aqueles que assim desejarem podem se preparar simultaneamente para os concursos das duas carreiras. “O futuro candidato deve se preparar o quanto antes para todas as matérias, com especial atenção para as de Legislação Tributária e Aduaneira, bem como Comércio Internacional e Direito Tributário, pois são os temas que também serão exigidos na prova discursiva”, explicou.

Caparroz aconselhou o estudo detalhado dos editais desses concursos, sendo que, no período mais próximo às provas, é necessário se dedicar ao estudo de materiais mais específicos, uma vez que não será mais possível aprofundar o conhecimento, e sim aplicá-lo. O professor incluiu a resolução de provas anteriores entre as orientações, e avaliou as provas objetivas da Esaf, que organiza os concursos da Receita, como bastante complexas e extensas, exigindo dos candidatos conhecimento aprofundado das matérias.

Ele também deu dicas para a realização das provas subjetivas. “Para a prova dissertativa (analista), metade da nota é aplicada a partir da construção do argumento, por isso é fundamental ler um livro ou um material mais extenso. Já no caso da prova discursiva (auditor), o examinador começa a avaliação em nota 10 e vai tirando pontos de acordo com o que observa, por isso é importante evitar respostas genéricas ou categóricas. ”


Pedido - Os concursos para analista e auditor foram solicitados por meio de pedido encaminhado pelo Ministério da Fazenda, que inclui cargos de outras carreiras fazendárias. Ainda não há informações oficiais sobre os quantitativos solicitados, mas segundo o ex-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais (Sindifisco Nacional), Pedro Delarue, foram pedidas 2 mil vagas de auditor, porém, com expectativa de aprovação de um número menor. Segundo o Sindifisco, dados da própria Receita indicam que, em média, 600 auditores se aposentam por ano. Já a presidente do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita (Sindireceita), Sílvia Felismino, aponta um déficit de cerca de 9 mil servidores e defende o preenchimento de 1.800 vagas a cada ano.

De acordo com a Receita Federal, o pedido em análise no Planejamento também inclui cargos da área administrativa. O órgão não informou quais cargos estão incluídos, mas a expectativa é que um deles seja o de assistente técnico-administrativo, que costuma concentrar a maior quantidade de vagas nas seleções para o setor. Para esse, a necessidade é de pelo menos 4 mil servidores aproximadamente, segundo o Sindicato Nacional dos Servidores Administrativos do Ministério da Fazenda (Sindfazenda).

Nos casos de auditor e assistente, a abertura de novos concursos depende da convocação de todos os aprovados nas seleções em validade ou do fim da vigência dos mesmos, o que ocorrer primeiro. A atual seleção para auditor irá vigorar até janeiro (ou até julho, em caso de prorrogação); a de assistente, até novembro para São Paulo e Distrito Federal; e até junho do ano que vem, para o restante do país (ou junho de 2016, caso haja prorrogação).

Requisitos e remunerações - Os cargos de auditor e analista têm como requisito o ensino superior completo em qualquer área. As remunerações no início da carreira são de R$9.171,88 para analista e de R$15.338,44 para auditor (R$9.629,42 e R$16.116,64, respectivamente, a partir de janeiro), incluindo o auxílio-alimentação, de R$373. Para assistente, a exigência é o ensino médio completo e os iniciais são de R$3.423,82 (R$3.671,82 a partir de janeiro), também com o auxílio.


Fonte: Folha Dirigida

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