O presidente do INSS, Edson
Aguiar, em reunião com sindicalistas, no último dia 5, deixou claro que não é
pretensão da autarquia utilizar cedidos. Segundo Aguiar, o novo concurso não
deverá ser afetado pelo projeto do governo no qual remaneja servidores de
outros órgãos públicos, pois essa medida não funciona no instituto.
Edson informou que o INSS não foi
consultado sobre a ideia de remanejamento de servidores e que não há previsão
de requisição de servidores de outros órgãos para trabalhar no Seguro Social.
Ele salientou ainda que essa medida não solucionaria os problemas no instituto
que conta hoje com um déficit de mais de 16 mil servidores.
Na reunião do titular da pasta
com representantes da FENASPS, uma das pautas foi a contratação de pessoal
(convocação de excedentes e novo concurso). Os sindicalistas apresentaram ao
presidente que a falta de servidor afeta diretamente no mau atendimento dos
segurados em todo o país.
Aguiar reconheceu a necessidade
de servidores, levando em consideração que, além da escassez atual, a previsão
de aposentadorias para 2019 é uma enorme preocupação do órgão, visto que,
segundo dados da autarquia, dos 33.500 servidores, cerca de 55% já podem se
aposentar e muitos sinalizaram que isso ocorrerá no próximo ano.
Como forma de pressionar o órgão,
a FENASPS anunciou uma paralisação de servidores por 24 horas que acontecerá no
próximo dia 9 de agosto. Anunciou também que está sendo discutida a
possibilidade de greve por tempo indeterminado a partir do dia 5 de setembro.
Se não houver contratação de
pessoal, o INSS poderá sofrer um colapso no atendimento em 2019. O pedido para
o concurso de 2018/2019 é de 7.888 vagas, sendo 3.984 para técnicos, 1.692 para
analistas e 2.212 para peritos médicos.
De acordo com o Ministério do
Planejamento, o concurso do INSS é uma prioridade, contudo a pasta não divulga
uma previsão para autorização. Enquanto isso, o déficit de pessoal só aumenta e
a demanda por atendimento fica prejudicada.
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